sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Correntes, marés e coisas assim complicadas


"Fabi, tu és diferente" disseram-me. Não concordo, claro...Todos nós somos diferentes e por isso, ninguém é diferente de ninguém. A única diferença entre aqueles que parecem diferentes e os outros, está no facto de, os primeiros, serem iguais a eles próprios. Entendem?... O que me entristece é ver gente empenhadíssima em seguir "a corrente" como se não houvesse outra opção...como se não houvesse hipótese de "nadar" no sentido oposto...como se não existissem várias marés. É complicado? Pois claro que é...é mais fácil deixar-se levar... Ser-se igual ao resto do mundo é bem mais confortável por não implicar um esforço e uns berros à mistura que digam que "eu acredito nisto doa a quem doer e se não gostares paciência". Claro que às vezes a corrente é mais forte que a nossa vontade e temos de fazer um esforço extra. Mas após umas noites mal dormidas e umas ansiedades que destroem o estômago, chegamos sempre à "praia" maravilhosa da autenticidade. Nessa altura olhamos para trás e sem a sombra de qualquer máscara que nos esconda o sorriso, sabemos com toda a certeza do mundo que a luta contra a corrente, valeu a pena.

8 comentários:

Oscar Tomé disse...

Tenho lutado contra essa corrente, com bastante agressividade e chego a conclusão de que ou eu não sei nadar ou ainda tenho que ser mais agressivo para superar essas marés.Sei que tens razão no que dizes pois eu mesmo quero procurar essa praia, que quanto mais custe encontrar, mais prazer me vai dar de ter encontrado!

ADEK disse...

Bem verdade:) Talvez esteja enganada, mas parece-me que à medida que crescemos, vamos caminhando mais em busca essa autenticidade. A adolescência é o momento em que a maioria tenta ser igual ao outro... à medida que a maturidade vai chegando, começamos a querer a nossa individualidade.

Unknown disse...

Óscar, se acreditares que aquilo que és tem um valor incalculável, torna-se tudo muito mais fácil...

Unknown disse...

ADEK...antes fossem só os adolescentes a brincar aos clones...o problema é haver por aí muita gente crescida que ainda não se encontrou...

Joana disse...

Concordo, concordo, concordo!
Mas nem sempre é fácil, pois há muita gentinha por aí que por tu não quereres ser igual a ela te olha de lado e fala mal. Já me preocupei mais com esses, não pelo facto de não ser como eles, mas pelo desconforto que acabavam por causar. Agora já nem lhes ligo, cada um tem o seu lugar no mundo. Um dia eles também hão-de encontrar o seu, ou talvez seja mesmo aquele que têm. É a diferença que nos marca.

Beijinho minha Fabi, mais uma vez adorei!*

Canto da Carlota disse...

A Vida não é complicada...nós é que somos complicados....

Não podemos dar valor ao que se vê no exterior mas, sim olhar para dentro de cada um de nós e perceber
a autenticidade do ser humano.

Não posso acreditar que se tenha resolver tudo e contra todos com agressividade...

A Vida tem de ter um outro lado onde de facto tudo acontece em primeira mão.

Habituados a uma visão muito aparente e superficial de nós mesmos, contamos a nossa própria história pelo lado de fora. Estamos programados para reparar na casca que envolve o fruto ou para a moldura que sus­tenta o retrato, sem nos darmos conta que vivemos perdidos numa ilusão...

Também Eu gostava de encontrar essa praia....quem sabe o que lá se pode encontrar....

Unknown disse...

Joana...se com a idade q tens pensas assim, de certeza que serás uma pessoa crescida autêntica e transparente.

Cartlota..."Estamos programados para reparar na casca que envolve o fruto ou para a moldura que sus­tenta o retrato..." podemos mudar isso...tal como disse, não é fácil, mas é possível =)

Joana disse...

Assim espero minha Fabi :)*