domingo, 29 de março de 2009

Dois passos para a liberdade

Ao reflectir acerca da liberdade, concluí que, para consegui-la é necessário dar apenas dois passos:

Evita fazer tudo o que te apetece...Porque isso tornar-te-á escravo de ti próprio.
Prende-te com força àquilo que amas...e quebrarás as correntes que te amarram à vida sem sentido.


E vais entender que afinal...podes voar.

domingo, 22 de março de 2009

LENINE

Esteve no Cine-Teatro Batalha do Porto dia 21 de Março e apresentou o seu último álbum "Labiata".
Eu estive lá e confirmei a genialidade deste músico brasileiro. O teatro cheio demonstrou que, a boa música ocupa ainda (e espero eu, cada vez mais) um lugar importante. Como tudo aquilo que na vida mexe muito connosco, não é possível explicar o que é um espetáculo dele. Só mesmo estando lá. Porque todos os sentidos são despertados perante tanta qualidade, força e sensibilidade, fica provado que a música vai muito mais além daquilo que se ouve...e que é sobretudo aquilo que se sente. O Lenine é daqueles músicos que nos deixa a sensação que se não fosse músico...não poderia ser mais nada. Obrigada a todos os que como ele, fazem com qualidade aquilo que amam.

sábado, 21 de março de 2009

Relativamente ao relativismo

Nem tudo é relativo. O mundo está aos poucos a esquecer-se desta verdade. Ainda existe (que alívio) o certo e o errado. E há coisas (que alívio de novo) que não mudam.


Não é certo usar as pessoas para suprir as nossas carências - mesmo que as nossas carências sejam profundas e nos magoem muito.
Não é certo ser desleal - também não é certo ser infiel...mas pior que a infidelidade, só mesmo a deslealdade.
Não é certo ser egoísta - gostar de nós próprios é certo. Sermos egoístas é errado.
Não é certo fazer algo que não nos realize - porque uma pessoa infeliz torna o mundo pior.
Não é certo querer forçosamente ser igual a toda a gente - cada pessoa tem de ser igual a si própria. Caso contrário transformar-se-á numa farsa.
Não é certo magoar o outro só porque ele nos magoou - é uma forma de criar ciclos de dor.
Não é certo ver o amor (e neste amor inclui-se também a amizade) como algo que começa e termina. O amor é demasiado importante. E não pode ter prazo de validade.
Não é certo ver o amor com relatividade. O amor expressa-se de diferentes formas mas não é relativo. Ou existe e cuidamos dele como a coisa mais preciosa da nossa vida...Ou não existe. E ponto final.
Não é certo encarar a vida humana apenas a partir de um momento. Existo há 24 anos e 10 meses (contando com o tempo que estive na barriga da minha mãe).
Não é certo excluir as pessoas só porque pensam ou sentem de forma diferente da nossa forma de pensar ou sentir. Não compreender é algo que não é errado. Não aceitar é claramente errado.
E finalmente...Não é certo deixarmos de dizer aquilo que achamos não estar certo. Mesmo que a relatividade do mundo de hoje nos chame coisas feias.

domingo, 15 de março de 2009

Breath

O que há de estranho no facto de irmos no carro e a rádio emitir uma música da qual gostamos muito e que já não ouvimos há muito tempo? Nada.
E o que há de estranho no facto de, nesse mesmo dia, além de ouvirmos a música na rádio, a ouvirmos também num lugar onde nunca costumamos ir e, onde por acaso, fomos nesse dia? Tudo.
Porque acredito em sinais, aqui fica a tal música...já com alguns anos, aparentemente sem mistério nenhum, mas que, para mim fez toda a diferença. E me obrigou a parar para pensar.
Respira Fabi...respira.




terça-feira, 10 de março de 2009

O milagre da descoberta


Ontem fui a um bar na Foz do Porto com quatro amigos. Se pensar nas formas tão diferentes como conheci cada um deles, percebo a dimensão do mistério que nos cerca e como é tão mágico o momento em que se criam pontes de afecto. Ao olhar para aquelas pessoas, entendi pela primeira vez que a diferença de mundos que há dentro de nós é maravilhosa e imprescindível para que possamos crescer. E como o momento em que essa mistura de mundos acontece é demasiadamente belo para ser encarado como uma coicidência.

E que talvez a coicidência não passe de uma desculpa para homens que têm medo do que não conseguem explicar. E que o milagre seja a palavra certa.

Não posso sentir nem pensar como cada uma daquelas pessoas. Não conheço as cores que as pintam por dentro. Mas sei que aquele encontro aparentemente igual a milhares de encontros junto ao mar português, foi absolutamente necessário para eu entender a urgência de as ter na minha vida...e a urgência de elas me terem a mim. Porque de cada vez que as cores que enfeitam o coração dos outros passam também a enfeitar o nosso, acontece o milagre da descoberta.

Sim. Milagre é a palavra certa.

quinta-feira, 5 de março de 2009

"I ain't got no home, ain't got no shoes. Ain't got no money. Ain't got no class. Ain't got no skirts. Ain't got no sweater.Ain't got no perfume. Ain't got no bed. Ain't got no mind. Ain't got no mother. Ain't got no culture. Ain't got no friends, aint got no school. Ain't got no love. Ain't got no name. Ain't got no ticket. Ain't got no token. Ain't got no god and what have i got? why am i alive anyway?yeah what have i got?nobody can take away?...Got my hair. Got my head. Got my brains. Got my ears. Got my eyes. Got my nose. Got my mouth. I got my smile. I got my tongue. Got my chin. Got my neck. Got my boobies. Got my heart. Got my soul. Got my back. I got my sex. I got my arms, got my hands, got my fingers,got my legs, got my feet, got my toes,got my liver, got my blood...I've got life, i've got my freedom i've got life. I've got lifeand I am gonna keep it. I've got lifeand nobody's gonna take it awayI've got life!"

Pergunta: "Falta-te o quê?"

Resposta: Nada. Dez - zero para ti.

Vento

O vento sopra forte lá fora. Aqui dentro também. Um vento que sacode até o que é aparentemente inabalável e que semeia o caos...que eu não aprendi ainda a arrumar. E de cada vez que tento começar a organizar-me ele volta de novo implacável e impiedoso...E uma vez mais sinto a impotência da minha humanidade. Há dias assim...em que tudo fica tão fora do lugar que já nem me reconheço como minha. Há dias em que olho para dentro e só consigo encontrar tralha sem qualquer serventia. E percebo uma vez mais que às vezes não vale a pena lutar contra forças maiores do que nós...e que afinal nem sempre me apetece ser forte. E que hoje não me apetece sequer tentar. Quero ficar quieta e deixar que a ventania me desarrume por dentro...mais uma vez.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Acerca do coração


Não acho que usar o coração seja irracional. Não acho que seja perigoso. Não acho que seja inconsequente...nem infantil. Também não vejo ponta de irresponsabilidade nisso. Não me parece que faça ninguém infeliz (muito pelo contrário). Não acho que usar o coração seja sinal de estupidez (acho que só os sábios saberão fazer isso na perfeição). Não acho torne as pessoas mais vulneráveis (porque quem o segue vai em busca dos seus sonhos e fica muito mais forte).
Sei que o coração não é estúpido.
E que nunca se engana.

domingo, 1 de março de 2009

Apetece-me...

...um banho de mar
abraços apertados
chorar de alegria
rir até me doer a barriga
gelado de chocolate
cantar até ficar sem voz
sambar uma noite inteira
ouvir as pessoas de quem gosto dizerem que gostam de mim
encontrar o meu lugar
ir embora daqui.